Aqui vai mais uma contribuição (fabulosa, por sinal) da Vera Lúcia :)
1.º nota – Doctors are hot! Nem era preciso vermos o George Clooney a curar criancinhas, nem o McDreamy e McSteamy à luta pela ruivinha, para chegarmos a esta conclusão. Não sei se é por salvarem vidas, se é pela bata branca e o estetoscópio, ou simplesmente porque conhecem com precisão cada ínfima partezinha do nosso corpo, mas o certo é que desde há muitas gerações que os médicos nos fazem suspirar bem mais do que os engenheiros ou os advogados.
2.º nota – Um dos grandes handicaps de não ter um homem na nossa vida é a perda de importância daquilo que se usa debaixo da roupa. Enfim, poderia dizer que me visto para ficar bonita para mim mas, mas eu acho que estou bonita de qualquer forma (se eu não gostar de mim…?). Eu quero é estar confortável. E pouco me importa se olho para baixo e vejo uma cueca gigante de cores berrantes. Tudo o que funcione melhor para me dobrar ao meio e me esticar no sofá é aprovado pela mestre-de-obras.
Intersecção entre ambas as notas: O que é que os médicos têm a ver com a minha roupa interior? Tudo, caríssimos e caríssimas. É que o meu desleixo só se aplica quando estou em casa, de tranças e óculos, arrastando-me entre o computador e os livros. Mal ponho o pé na rua a roupa interior passa a ser o prius da minha existência. É que pode não existir namorado para a apreciar condignamente e a arrancar devagarinho, mas há sempre a esperança de ser atropelada ou de cair na rua de ataque fulminante e aí… bem, aí, viriam os médicos do INEM. Confesso que nunca conheci nenhum, nem intimamente nem sequer socialmente, mas tenho esta fantasia (admito que pouco fundamentada) de que são todos uns giraços, altos e bem formadinhos e, o melhor de tudo, com dois dedos de testa. Afinal, os tipos conseguiram tirar o curso de medicina, não podem ser tontos de todo!
Ora, acontecendo uma felicidade destas (eu disse felicidade? Queria dizer infelicidade, desculpem o lapsus linguae), lá teriam os médicos que me arrancar a roupa (com um bocadinho de sorte arrancam-na com a boca) e, obviamente, preferia morrer ali mesmo a ser vista com o cuecão da avó e o soutien deslavado sem armação. Por isso, todas as vezes que saio do aconchego do lar, nem que seja para ir comprar pão ao fundo da rua, lá visto eu as minhas pequeninas calcinhas (detesto a palavra “cuecas”… coisa mais sem graça… por isso adoptei a terminologia brasileira), com lacinhos de ambos os lados, o soutien “empinante”, cheio de rendinhas e rococós e, se for caso disso, as meias de liga.
E a cada passo que dou anseio com todas as minhas forças: i) que a desgraça esteja comigo; ii) que alguém tenha o bom sendo de chamar o INEM quando tal finalmente aconteça; iii) que o médico seja lindo a ponto de ressuscitar mortos; iv) e que a situação obrigue a respiração boca a boca. Ah, claro, e que v) tenha que me despir. De pouco me vale andar com as melhores roupinhas intímas se não é para as mostrar. Mas se os amáveis doutores não acharem necessário privar-me das minhas vestes, sempre posso ter um ataque de espasmos que me faça rasgar a roupa. Seria um último recurso, mas não descarto a hipótese. Afinal, no amor, na guerra e na saúde vale tudo. Especialmente se estiver em causa um conjunto de lingerie e um médico que cure males do coração.
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Eu sempre disse às minhas amigas que a lingerie deve ser linda, com ou sem namorado! E elas argumentam que, se não há ninguém para ver, usá-la é um desperdício de recursos. Agora sei como convencê-las :)! Obrigada, Verinha!
ResponderEliminarPoupem-me e nós não somos alguém para nos ver.... eu gosto sempre de uma lingerie bonita! Primeiro eu e olhem que até tenhos umas boias incorporadas ... quero lá saber tem de ser bonita, sexy e se possivel engraçada...
ResponderEliminare se for uma médica? pede-se outro carro do inem?
ResponderEliminarAdorei, Nilza!!!! Se for uma médica... é melhor termos spray daqueles que se usam para os assaltantes no bolso... se aparecer uma médica, eliminamo-la logo desta forma e esperamos por outro carro!
ResponderEliminarBem Nilza, se for uma médica pondero seriamente a hipótese de me tornar lésbica. ;)
ResponderEliminarNa verdade, nesta como em muitas outras coisas, e até um certo ponto, "beauty is in the eye of the beholder"... A importância da lingerie é relativa...Há quem aspire pela ausência dela e quem sonhe por uma lingerie à século XIX... A imaginação é sem dúvida o maior afrodisíaco...
ResponderEliminarhelder