Reza a história que por vezes encontramos o amor das nossas vidas, com o qual seríamos felizes para sempre, não fosse o miserável e singelo pormenor de esse suposto amor ser, afinal, um “eunuco” no que respeita à nossa felicidade entre os lençóis.
Passo a explicar.
O homem (faço notar que esta tragédia assola qualquer dos dois sexos, simplesmente, usarei aqui a perspectiva feminina por ser aquela com a qual estou mais familiarizada) surge aos nossos olhos como o príncipe encantado: faz-nos rir sem nos fazer chorar, cozinha para nós e oferece-nos flores, abre-nos a porta do carro e não se baba perante qualquer par de pernas, discute filosofia e politica internacional, aparece sempre limpo e perfumado, cuida dos bíceps e dos abdominais.
E quando pensávamos já ter encontrado o Santo Graal do amor (qual indiana Jones, salteadora do Homem Perfeito Perdido), eis que a dura realidade nos cai em cima (digamos, em cima do dedo gordo do pé para adensar a dor): é que a pele da criatura não faz faísca com a nossa. Somos o casal perfeito em tudo, encaixamos como duas peças de um puzzle mas, afinal, in the end of the day, não há magia.
Esta é uma frustração imensa. É que enquanto andamos à procura sempre nos resta a esperança de ele aparecer. Mas que fazer se depois de o encontrarmos descobrimos que, afinal, o nosso homem é príncipe no resto do mundo, mas um sapo no quarto?
Convenhamos: não resta outra hipótese senão a amizade. O sexo não é tudo. Mas sem ele, num par de dois, nada mais existe. Ou melhor, existem muitas coisas boas – companheirismo, respeito, confiança – mas não existe paixão. Esta é também uma forma de amor, mas que pouco difere do modo como amamos o papá e a mamã. Quando não há química arriscamo-nos a passar a vida ao lado do nosso melhor amigo. Podia ser pior, é certo. Mas também é certo que merecemos melhor do que isso. Defendo aqui, publicamente, o direito inalienável a uma paixão avassaladora.
Depois de segundos imensos a pensar neste complexo problema descobri uma solução que, não sendo perfeita, é, no mínimo, juridicamente inovadora: o representante sexual.
Pois se nos podemos fazer representar na assinatura de um contrato, e em muitos outros actos jurídicos, porque não no acto sexual? Aliás, os menores, os incapazes, os ausentes, todos eles podem ter representantes que supram as suas insuficiências. O que proponho agora é um representante sexual que colmate a lacuna de performance desses homem tão perfeito vestido e tão imperfeito sem calças.
Passo a explicar.
O homem (faço notar que esta tragédia assola qualquer dos dois sexos, simplesmente, usarei aqui a perspectiva feminina por ser aquela com a qual estou mais familiarizada) surge aos nossos olhos como o príncipe encantado: faz-nos rir sem nos fazer chorar, cozinha para nós e oferece-nos flores, abre-nos a porta do carro e não se baba perante qualquer par de pernas, discute filosofia e politica internacional, aparece sempre limpo e perfumado, cuida dos bíceps e dos abdominais.
E quando pensávamos já ter encontrado o Santo Graal do amor (qual indiana Jones, salteadora do Homem Perfeito Perdido), eis que a dura realidade nos cai em cima (digamos, em cima do dedo gordo do pé para adensar a dor): é que a pele da criatura não faz faísca com a nossa. Somos o casal perfeito em tudo, encaixamos como duas peças de um puzzle mas, afinal, in the end of the day, não há magia.
Esta é uma frustração imensa. É que enquanto andamos à procura sempre nos resta a esperança de ele aparecer. Mas que fazer se depois de o encontrarmos descobrimos que, afinal, o nosso homem é príncipe no resto do mundo, mas um sapo no quarto?
Convenhamos: não resta outra hipótese senão a amizade. O sexo não é tudo. Mas sem ele, num par de dois, nada mais existe. Ou melhor, existem muitas coisas boas – companheirismo, respeito, confiança – mas não existe paixão. Esta é também uma forma de amor, mas que pouco difere do modo como amamos o papá e a mamã. Quando não há química arriscamo-nos a passar a vida ao lado do nosso melhor amigo. Podia ser pior, é certo. Mas também é certo que merecemos melhor do que isso. Defendo aqui, publicamente, o direito inalienável a uma paixão avassaladora.
Depois de segundos imensos a pensar neste complexo problema descobri uma solução que, não sendo perfeita, é, no mínimo, juridicamente inovadora: o representante sexual.
Pois se nos podemos fazer representar na assinatura de um contrato, e em muitos outros actos jurídicos, porque não no acto sexual? Aliás, os menores, os incapazes, os ausentes, todos eles podem ter representantes que supram as suas insuficiências. O que proponho agora é um representante sexual que colmate a lacuna de performance desses homem tão perfeito vestido e tão imperfeito sem calças.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Comentem... mas não se estiquem!