Confesso que morro de medo de aranhas, cobras e afins. Confesso que não vejo filmes de terror sob pena de passar noites sem dormir. Confesso que quando saio à noite sozinha peço a alguém para me ir levar ao carro.
Mas nada disto significa que eu - as mulheres, no geral - sejamos o sexo fraco. E não me refiro ao facto de aguentarmos heroicamente cera quente nas pernas, que arrancamos de um puxão, trazendo com ela não só pêlos mas, inclusive, bocados de pele. Nem a essa fabulosa habilidade que consiste em equilibrarmo-nos em saltos de 10 cm nas mais íngremes calçadas. Refiro-me à capacidade feminina de aguentar, como um macho, a mais penosa das conversas. E não fugir delas. Sobretudo, não desligar o telemóvel.
Chamem-me naif (mas chamem mesmo, porque o sou), mas ainda hoje me surpreendo sempre que me deparo com um desses cavalheiros que, quando finalmente cai em si e vê que disse mais do que devia ou se envolveu mais do que queria, quer agora bater em retirada. Então, tira a armadura de cavaleiro andante, veste a fatiota de rato (ratazana!) asquerosa e foge como se o navio estivesse a afundar mais depressa que o Titanic.
Eles podem ter mais força, pêlos no peito e tomates entre as pernas, mas são sempre “rapazinhos” quando chega a altura de enfrentar a verdade e dizer aquilo que só consegue ser dito por quem é um homem, e não um rato. E, sobretudo, aquela manobra de desligar o telemóvel (“ai que não tenho rede!”, “ai que se acabou a bateria!”), é peditório para o qual já não damos. Liguem a porcaria do aparelho, digam o que têm a dizer e ouçam o que têm a ouvir.
Afinal, até os ratos têm alguma dignidade, e duvido muito que o Mickey alguma vez tenha feito uma destas à Minnie.
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lindo :)
ResponderEliminarè assim mesmo e os mentirosos que já não sabem o que mais inventar....encham-se de coragem e sejam verdadeiros e assumam que são uns trastes :)